O bem durável que teve o percentual mais elevado de crescimento nos lares brasileiros foi o computador com acesso à internet, com aumento de 39,8%, no período de 2009 a 2011, segundo dados do IBGE. Em segundo lugar, ficou o microcomputador, com crescimento de 29,7% no mesmo período, aponta o estudo.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada nesta sexta-feira (21). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 195,2 milhões.
Além dos computadores, a pesquisa do IBGE mostrou que os celulares ficaram em terceiro lugar na lista de bens duráveis que mais cresceram nos lares brasileiros, com um aumento de 26,6% entre 2009 e 2011.
Os domicílios com pelo menos um morador que tinham telefone móvel para uso pessoal eram 41,1% do total em 2009. Em 2011, essa porcentagem chegou a 49,7%, somando 6,4 milhões de lares com celular. Segundo a pesquisa, a ampliação no número foi mais intensa nas regiões Nordeste (2,5 milhões de lares) e Sudeste (2 milhões de lares) do país.
O Nordeste também liderou a lista de regiões onde a posse do aparelho mais cresceu (de 48,3% para 61,6%), seguido pelo Norte (de 51,2% para 63,6%). O menor aumento ficou na região Centro-Oeste (de 51,7% para 57,4%). Os dados também são referentes a análises feitas em 2009 e 2011.
A internet brasileira ganhou 9,9 milhões de novos usuários entre 2009 e 2011, segundo o levantamento do Pnad. Em 2011, 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais declararam à pesquisa do IBGE ter usado a internet nos últimos três meses, em relação à data da pergunta que lhe foi feita. O crescimento em relação a 2009 foi de 14,7%.
De acordo com a pesquisa, os usuários da internet correspondiam, em 2011, a 46,5% da população de 10 anos ou mais de idade, uma elevação de 4,9 pontos percentuais em relação a 2009.
Também em relação a 2009, a região brasileira que mais teve aumento no número de internautas foi a Centro-Oeste, adicionando 1 milhão de novos usuários. No Nordeste, o aumento foi de 16,4% e, no Sudeste, de 15%. O IBGE revela que as regiões Norte e Sul tiveram aumentos abaixo da média brasileira: 12,1% e 11,3%, respectivamente.
A pesquisa informa que, em 2009, todas as regiões brasileiras tinham menos da metade da população de 10 anos ou mais com acesso à internet. Em 2011, o quadro mudou e Sudeste, Centro-Oeste e Sul registraram mais da metade da população com acesso à web. As regiões Norte e Nordeste tinham pouco mais de um terço desta parte da população com acesso à rede, revelou o estudo.
Acesso à web por idade
Os dados do Pnad mostraram que, entre 2009 e 2011, todas as faixas etárias tiveram um aumento na proporção de pessoas com acesso à web. “O grupo etário de pessoas de 30 a 39 anos de idade foi aquele que apresentou o maior aumento”, diz a pesquisa. Em seguida, ficou o grupo de 25 a 29 anos e o de 40 a 49 anos.
O estudo afirma que as menores variações no acesso aconteceram nas faixas de 15 a 17 anos e na dos 18 aos 19 anos. “Esses grupos apresentaram a maior proporção de pessoas que mais acessavam a internet em 2009 e mantiveram-se assim em 2011”, diz o IBGE
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