Governo pretende limitar os gastos com servidores
O governo pretende resgatar a proposta que limita o aumento real dos gastos com o funcionalismo público (governo federal, Legislativo e Judiciário). O tema será tratado como prioridade neste primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Folha apurou, a discussão ainda é preliminar. Embora o número ainda não esteja fechado, já se fala em impor um teto de 2% ao ano, além da inflação.
A trava ao gasto com pessoal restringe reajustes salariais e limita contratações e reestruturações de carreiras. O percentual discutido hoje na Presidência da República é maior que o proposto pelo Ministério da Fazenda em 2007 (1,5%), porém menor que os 2,5% a serem aplicados até 2019, já aprovados no Senado e aguardando deliberação da Câmara.
De todo modo, será uma guinada. De 2009 para 2010, por exemplo, dados do Tesouro Nacional mostram que o crescimento das despesas com pessoal na União chegou a 9,8% no período, sem contar a inflação acumulada.
PP loteia ministério com aliados da Bahia
Com um dos mais poderosos orçamentos da Esplanada (R$ 18,5 bilhões), o PP (Partido Progressista) loteou o ministério das Cidades com ex-congressistas e dois ex-assessores do governador baiano Jaques Wagner (PT) em postos de comando. Gerenciado desde janeiro pelo deputado baiano Mário Negromonte (PP), o ministério terá Cássio Ramos Peixoto como chefe de gabinete. Ele era diretor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da gestão Wagner na Bahia.
Novo diretor de Furnas vê "grupos se digladiando"
Recém-nomeado para dirigir Furnas, o engenheiro Flávio Decat promete atuar para "arrumar e pacificar" a estatal do setor elétrico. Ele afirma que grupos políticos "aparentemente estão se digladiando" dentro da empresa, alvo de acusações de irregularidades.Decat nega ser ligado a José Sarney, apesar do conteúdo de grampos da Polícia Federal indicarem o contrário, e afirma que seu único padrinho político é "a presidente".
Apesar da afirmação, a indicação agrada a dois grupos peemedebistas: o da família Sarney e o do governador do Rio, Sérgio Cabral. A nomeação deixou insatisfeita, entretanto, a bancada peemedebista da Câmara e gerou a primeira crise da montagem do segundo escalão do governo Dilma.
Palocci não repete República de Ribeirão
Cinco anos após os escândalos que derrubaram o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o grupo que ficou conhecido como "República de Ribeirão Preto" está dividido entre os que continuam no poder e os "esquecidos". Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto, levou para Brasília parte de sua equipe na administração municipal ao se tornar ministro no primeiro governo Lula -e alguns assessores se envolveram em denúncias em 2006. Agora, fortalecido na gestão Dilma Rousseff como ministro da Casa Civil, preferiu não repetir a dose.
SP gasta R$ 35 mi anuais com ex-deputados
O Estado de São Paulo gasta atualmente R$ 2,87 milhões por mês com pagamento de pensão a 283 ex-deputados estaduais ou dependentes. Em termos anuais, o valor chega a R$ 34,5 milhões. A informação foi repassada pela Secretaria da Fazenda, a pedido da Folha. Entre os beneficiados estão 127 ex-deputados e 156 dependentes. A Fazenda não revelou quem são e disse "preservar o sigilo em relação à identificação". Informou apenas que considera como dependentes "viúvas, filhos e companheiras". Os vencimentos variam de R$ 10.021 a R$ 20.042 no caso de ex-deputados, e de R$ 7.515 a R$ 20.042 no caso de dependentes.
Início de diálogo não detém protestos
Seis grupos de oposição ao ditador Hosni Mubarak, incluindo a oficialmente banida Irmandade Muçulmana, se reuniram ontem pela primeira vez com o governo egípcio para tentar pôr fim à crise política que paralisa o país há 14 dias. Mas as negociações com o regime, além de fragilizadas por divergências nas fileiras oposicionistas, foram rejeitadas pelos milhares de manifestantes que continuam acampados na Praça Tahrir, no centro do Cairo.
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