Após o anúncio do repasse salarial de 9% e reajuste no ticket de alimentação
para servidores estaduais, a categoria policial segue em estado de assembléia
permanente até o próximo dia 3 de abril, quando representantes sindicais se
reúnem novamente com a secretária de estado de administração, Alice Viana. A
categoria avisa ainda que pode entrar em greve caso não haja a incorporação do
abono salarial de R$ 540, que deveria ser repassado ainda este ano, segundo
informações do presidente do Sindpol/Pa (Sindicato dos Servidores Públicos da
Polícia Civil do Estado do Pará), Rubens Lima Teixeira, durante coletiva de
imprensa realizada nesta quinta-feira (21).
O presidente afirma que a incorporação do abono salarial é a maior reivindicação
da classe. ‘A promessa da Sead em agosto de 2012 era de que metade do abono
seria incorporado ainda no ano passado e a outra metade este ano, mas até agora
nada foi repassado’, disse o presidente do sindicato.
Ele ainda comentou as deliberações da reunião com a secretária de
administração do estado. ‘A proposta do sindicato de reajuste salarial era de
30%, mas nós prevíamos que a porcentagem repassada seria bem menor. Nós
queríamos que o valor do ticket de alimentação fosse de R$ 750, levando em
consideração o atual valor da cesta básica, mas não foi isso o que aconteceu’.
Outro ponto frisado na coletiva pelo presidente da COBRAPOL (Confederação
Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), Jânio Bosco Gandra, foi a luta
pela isonomia salarial entre os policiais civis com nível médio e os que possuem
nível superior. ‘Há uma indicação do Núcleo Jurídico da Sead para que os
servidores do Pará que exercem a mesma função tenham a mesma remuneração
independentemente do nível de ensino, porém, o estado não cumpriu a
determinação’.
Cartilhas - A COBRAPOL irá
lançar nos próximos dias a cartilha ‘Operação cumpra-se a lei’, que pretende
orientar policiais civis sobre seus direitos no exercício da profissão,
pretendendo que os trabalhadores atuem de acordo com a legislação vigente. A
Confederação também distribuirá a cartilha ‘Assédio Moral dentro da polícia
civil é crime’, que pretende esclarecer os servidores sobre o tema.
O outro lado - Em nota, a
Secretaria de Estado de Administração informa que 'o Governo do Pará em momento
algum fechou as portas para qualquer negociação com as entidades sindicais. Pelo
contrário. Ao final da reunião divulgou inclusive datas e horários para discutir
as pautas específicas com cada categoria. A do Sindpol está marcada para o
próximo dia 3 de abril. Devido as limitações orçamentárias e financeiras algumas
das reivindicações serão objeto de acordo das próximas mesas de negociação.
O que foi anunciado hoje, pela manhã, foi a política de reajuste salarial
do ano de 2013 para o conjunto dos servidores públicos do Estado do Pará, que
propiciou um aumento de 9% na remuneração da totalidade dos servidores, e que
representa um ganho real de 2%, de acordo com a inflação do período que é de
6,5% segundo (INPC - IBGE). A medida elevou o salário dos escrivãs,
investigadores, papiloscopistas e motorista policial para cerca de R$ 4.200 a R$
4.700 considerando as classes, inclusive aumentou o valor do auxílio alimentação
de R$ 320 para R$ 350.
O impacto na folha de pagamento/mês é de R$ 18,5 milhões. O governo do
Estado ainda considera que não há nenhum descumprimento de compromisso com os
servidores públicos. A exemplo do que fez em 2011 e 2012, em que nenhuma
categoria teve perdas em decorrência da inflação, os ganhos obtidos ao longo
desses 2 anos variaram de 20% a 42%, inclusive como é o caso dessa categoria,
que teve um reajuste de 23% em média. Não existem perdas acumuladas.
Redação Portal ORM
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