Representantes
de sindicatos e servidores municipais de São Miguel do Guamá, no nordeste
paraense, ajuizaram no do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), em Belém, ação
pedindo a renúncia da prefeita do município, Márcia Cavalcante (PSD). Na última
semana, protestos contra Márcia Cavalcante tomaram conta São Miguel do Guamá.
Indignados com o atraso no pagamento de salários e do décimo terceiro, manifestantes fecharam o comércio, rodovias e escolas da cidade e ontem
decidiram entrar em greve. Hoje haverá novas manifestações no município.
Cumprindo decisão da juíza Priscila Mamede
Mousinho, da comarca de São Miguel do Guamá, o Ministério Público do Estado
(MPE), através do Grupo de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas
(Geproc), realizou trabalho de busca e apreensão na prefeitura de São Miguel e
em secretarias municipais, em agosto, para investigar suspeitas de fraudes e de
desvios de dinheiro público. Estimativas iniciais davam conta de um prejuízo de
cerca de R$ 8 milhões aos cofres públicos. No mesmo mês, a prefeita foi baleada
em uma tentativa de homicídio.
Márcia Cavalcante, que assumiu em 2010,
chegou a ficar vinte dias afastada do cargo, em novembro, por denúncias de
improbidade administrativa. Mas voltou ao cargo por decisão da desembargadora
Gleide Pereira de Moura. Uma petição foi encaminhada à desembargadora relatando
os fatos ocorridos na última semana, como o atraso no pagamento dos salários. A
expectativa é de que haja uma decisão diferente antes do dia 20, quando a
prefeitura vai entrar em recesso. A prefeita nega o desvio de recursos e não
aceita renunciar.
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