A
campanha para a presidência da Alepa está embaralhada. Hoje, Edmilson
Rodrigues(PSOL) manifestou posição desconcertante: disse que não apoia qualquer
candidato e pode até se lançar na disputa, como forma de protesto. Do que se
deduz que, no mínimo, poderá se abster do voto, para marcar
posição.
A
revelação surpreendeu, porque desde o início se dava como certo seu apoio à
chapa de Martinho Carmona.
As
negociações estão intensas. O presidente da Alepa, deputado Manoel Pioneiro
(PSDB), conversou longamente hoje com o líder do PMDB, deputado Parsifal Pontes,
enquanto no plenário os presidenciáveis se alternavam em rodinhas ao
pé do ouvido.
José
Megale computa o apoio do PSDB (5) DEM(2), PP(1), PRB(1), PSC(1), PMN(1),
PTB(2), PSB(2) e PSD(3), somando 18 votos.
Martinho
Carmona tem os votos do PMDB(8), PT(8) e, se a eleição for ainda este ano, 1 de
João Salame, do PPS, o que lhe garante 17 votos.
Se a
eleição for até 1º de fevereiro de 2013, como o Regimento Interno permite, o
cenário pode mudar. O atual vereador de Belém Augusto Pantoja(PPS) assume o
mandato de deputado e poderá votar em Megale.
Acontece
que os votos de Gabriel Guerreiro (PV), Pio X (PDT), Raimundo Santos (PEN),
Eliel Faustino e Júnior Hage (PR) são incógnitas. E há um desconforto na base
aliada. O governador Simão Jatene tem conversado individualmente com os
deputados no palácio, sondando posições e cobrando fidelidade, mas eles reclamam
do tratamento que recebem, que nada difere do dispensado à oposição e, às vezes,
é até pior. Entre as queixas, a liberação de emendas, a pouca cordialidade nas
secretarias e a falta de um canal político. A Casa Civil, tradicionalmente com
essa atribuição, quando procurada, retruca que é técnica. E a insatisfação
aumenta. Jatene alega que, quando nomeou Zenaldo Coutinho articulador, foi um
deus-nos-acuda entre os demais líderes do PSDB, que se sentiram
desprestigiados. Mas o sentimento é que, do jeito que está, a coisa só se
agrava.
Outra
questão é a hegemonia tucana, que está alarmando os outros partidos. Com o
governo do Estado, a capital e os dois maiores colégios eleitorais do Pará, além
de tantas outras prefeituras – e as que ainda irão aderir até 2014 -, a Alepa
sob o controle do PSDB está desenhando um cenário assustador para os que temem
dificuldades na reeleição.
Nessa
esteira, o nome do deputado Márcio Miranda(DEM), líder do Governo, vem sendo
trabalhado discretamente como uma alternativa para compor chapa
única.
Fonte: Blog da Franssinete
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