terça-feira, 25 de outubro de 2011

Varejo se prepara para o Natal das redes sociais

Além do preço, a decisão de compra neste Natal será baseada na opinião do outro. No caso, o outro virtual. "Os consumidores vão consultar as redes sociais antes de gastar neste fim de ano", afirma o professor de marketing digital da ESPM, Alexandre Marquesi. E é exatamente para gerar recomendações positivas sobre seus produtos, em uma data de fortes vendas, que o varejo começa a estruturar ações voltadas para o social commerce, o comércio virtual baseado em plataformas sociais.

Após experimentos bem sucedidos, a Livraria Cultura passou a enxergar nessas mídias um canal importante de negócios. Em julho, a empresa arquitetou uma ação focada em preço e fez toda a divulgação pelas redes sociais. A promoção de 24 horas, que teve a parceria de uma editora nacional, liderou o ranking de tópicos mais comentados do Twitter e refletiu diretamente no e-commerce. "Em um dia, vendemos mais livros pelo site do que em três meses", diz Fabio Herz, diretor de marketing e relacionamento da livraria.

A recém-lançada biografia de Steve Jobs, cofundador da Apple, está entre as apostas da varejista para o Natal nas plataformas sociais. Aplicativos para tablets e smartphones e livros virtuais também fazem parte da lista. Segundo Herz, os e-books ainda detêm um mercado pequeno no País, mas as vendas praticamente dobram a cada mês. "As redes são o melhor lugar para se promover esse tipo de produto", afirma. No perfil do Facebook, a empresa possui uma vitrine de itens que direciona o usuário ao e-commerce. No mural, são divulgados lançamentos e promoções, depois compartilhados por parte dos 10 mil "seguidores".

Mais do que segmentar, as mídias colaborativas dão voz ao consumidor, e esse é o segredo do negócio, explica Marquesi. Segundo o professor, há basicamente três formas de social commerce. "Gerar influência para a venda de produtos, estimular a troca de experiências em relação a um determinado item e envolver os consumidores no processo de criação e desenvolvimento. Todos eles provocam a venda", diz. O especialista destaca, no entanto, que o modelo ainda engatinha no Brasil, enquanto já é realidade lá fora, principalmente nos Estados Unidos. Mas números do setor demonstram que há, sim, potencial no País.

Fonte: Estado de São Paulo


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