A juíza Alda Gessyane Monteiro de Souza Tuma autorizou a quebra dos sigilos  bancário e fiscal, bem como o bloqueio das contas bancárias e o sequestro de  bens dos acusados de participação no desvio de verbas da Assembleia Legislativa  do Pará. A decisão foi divulgada ontem, em nota da assessoria de imprensa do  Tribunal de Justiça do Estado (TJE). O despacho atendeu à medida cautelar  interposta pelo Ministério Público do Estado (MPE) contra 26 pessoas, entre elas  o ex-artilheiro e ex-deputado José Robson do Nascimento, o Robgol (PTB),  servidores e ex-dirigentes da Alepa e parentes deles. O pedido do MPE não  incluía o ex-presidente da Casa, Domingos Juvenil (PMDB), que está sem mandato.  Outro ex-presidente da Alepa, Mário Couto (PSDB), é senador e tem foro  privilegiado.
 A medida cautelar estaria tramitando nos autos da denúncia que foi  formalizada pelo MPE, no último dia 1. A denúncia aponta os crimes de peculato e  formação de quadrilha na conduta de servidores que incluíram fantasmas na folha  de pagamento da Assembleia. A fraude teria desviado R$ 1 milhão por mês, entre  os anos de 2005 e 2010, segundo os promotores de Justiça Arnaldo Azevedo, Nelson  Medrado e Milton Menezes, autores do processo. Em maio, uma caminhada com 15 mil  pessoas nas ruas de Belém e um abaixo-assinado com 25 mil assinaturas cobrou a  prisão dos envolvidos e também o sequestro dos bens para o ressarcimento dos  cofres públicos. Porém, apesar do bloqueio e sequestro dos bens, ninguém está  preso no momento.
 Azevedo explicou que o bloqueio das contas e as quebras dos sigilos têm  efeito imediato porque são feitos 'on line'. Já foram expedidos ofícios aos  cartórios determinando que não formalizem a transferência de propriedade dos  bens dos envolvidos. 'Cada um dos participantes da empreitada criminosa teve  participação decisiva nas fraudes ocorridas na folha de pagamento da Alepa,  posto que ao seu modo, tempo e forma de agir, atuaram em comunidade de  desígnios', diz trecho da medida cautelar, elaborada por Azevedo.
 

 
 
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