sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mapa do emprego indica avanço no interior do Pará

O Mapa do Emprego no Pará, divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que o Estado teve, nos últimos doze meses, um recorde na geração de empregos: foram 335.759 admissões contra 286.222 desligamentos, gerando um saldo positivo de 49.537 postos de trabalho no setor formal.

O mapa se detém sobre os 51 municípios com mais de 30 mil habitantes. “Esses municípios geram cerca de 90% dos empregos do Estado, sendo Belém um grande empregador”, frisa Hage. A capital apresentou um saldo positivo de 15.379 postos de trabalho nos últimos doze meses.

Do saldo total de empregos gerados no Pará (49.537), 54% (26.809) foram gerados no interior do Estado. “À medida que temos projetos longe dos grandes pólos, os empregos vão sendo ampliados em direção ao interior”, afirma Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese.

No primeiro trimestre deste ano, o emprego formal também apresentou crescimento no Pará. Foram realizadas 81.381 admissões contra 75.936 desligamentos, gerando saldo positivo de 5.445 postos de trabalho. Entre os setores que mais geraram empregos, estão os de serviços, extrativo mineral e comércio.

Já em março deste ano, 1.457 postos de saldo de emprego formais foram fechados. Entre os setores com maior saldo negativo, está a construção civil. “A queda nesse setor era esperada por conta da sazonalidade. Nesse período de chuvas a produção diminui”, diz Sena.

É a falta de qualificação que afasta muita gente dos postos de trabalho, mesmo que o Pará tenha um saldo positivo na geração de empregos nos últimos doze meses. “Cerca de 25% das vagas abertas no Pará deixam de ser preenchidas por falta de qualificação” , afirma Júnior Hage, secretário estadual de Trabalho, Emprego e Renda.

Segundo Andréa Capela, auxiliar de recursos humanos de uma empresa que oferece cursos de qualificação em Belém, a procura pelo serviço é sempre grande. “Todos os cursos são muito procurados, principalmente para quem busca o primeiro emprego. As empresas sentem dificuldade de encontrar pessoas qualificadas”.

(Diário do Pará)

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