A mesa de trabalho do senador Itamar Franco (PPS-MG) fica de frente para o Palácio do Planalto. Pouco mais de 100 metros separam o atual gabinete de Itamar da ampla sala onde trabalhou quando foi presidente da República. As cortinas escancaradas e a parede de vidro deixam a sensação de que se pode acompanhar o que se passa na sede do governo federal. De volta ao Congresso depois de 21 anos, Itamar iniciou o terceiro mandato empenhado em apontar mazelas no Executivo e no Legislativo. Faz um tipo de oposição bastante peculiar.
Com grande conhecimento do regimento do Senado, ele critica com frequência a tramitação de propostas de interesse do governo, aponta falhas na condução dos trabalhos pelo presidente do Senado, José Sarney, e cobra mais estudo e dedicação dos colegas. Na prática, age no plenário como um bedel, designação para funcionários que fiscalizam o comportamento dos estudantes nas escolas. Itamar também critica a oposição. “Desde a eleição de Dilma, a oposição brasileira está com a bússola descompensada, não tem um norte.”
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