segunda-feira, 7 de março de 2011

Nova crônica no blog A1 do Adenor Pantoja

Crônica do Professor Fabiano Calixto: “Eu sou lobo mau, au au”, “Vou te comer, vou te comer, Patrimônio Cultural e Artístico do Pará

Tecnomelody Patrimônio cultural?


Nesses últimos dias que antecederam o carnaval, a elite intelectual letrada do Estado do Pará foi agredida por uma notícia bombástica, isto é, o tecnomelody agora é "Patrimônio cultural e artístico do Pará".

É inadmissível que um gênero musical como o melody seja agraciado dessa forma, porque "patrimônio é o nome que se dá a um bem ou a conjunto de bens hereditários, isto é, que passam de geração a geração". Em sentido amplo, patrimônio é uma herança comum.

"Eu sou o lobo mau, au au" "Vou te comer, vou te comer", "Treme, treme, treme", “Tá beba?",”Tá doida?" Esses são alguns trechos dos versos vazios de conteúdos que constituem o tecnomelody; gênero musical desprovido de qualquer interesse em educar,transmitir conhecimentos. O excesso de estribilhos, batidas fortes, vinhetas, letras fáceis de serem alcançadas; o tecnomelody, ao lado das aparelhagens, produz tal zoada que chega a enfadar os ouvidos do "cidadão leitor".

Portanto, o consumo desse gênero é quase inevitável, porque veio para atender aos anseios de um público insipiente, marginalizado. Que absorvem a letra do tecno como se fosse um entorpecente. Despeço-me e ofereço um trecho extraído do Conto "O Alienista" de Machado de Assis aos eminentes deputados que ocupam as cadeiras da ALEPA (Assembleia Legislativa do Estado do Pará), que muito contribuíram para o fracasso cultural de nossa região. "Que loucura é a loucura".

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