Manifestantes favoráveis e contrários ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, entraram em violento confronto nesta quarta-feira (2) na Praça Tahrir, no centro do Cairo, um dia após ele ter anunciado que não tentaria sua quinta reeleição e deixaria o governo em setembro, após um período de "transição suave".
Os grupos de oponentes jogaram pedras uns nos outros na praça, foco do movimento antigoverno dos últimos dias, sob os olhares dos militares, que não interferiram.
Partidários de Mubarak partiram com cavalos e camelos contra os oposicionistas, antes de terem sido obrigados a desmontar, segundo testemunhas.
Dezenas de pessoas ficaram feridas e sangrando, segundo testemunhas, e estavam sendo retiradas do local.
A oposição acusou policiais de terem se infiltrado no local, rompendo o cerco dos militares, disfarçados de partidários do governo, neste que é o nono dia de protestos contra o regime de Mubarak. Na TV estatal, o Ministério do Interior negou a acusação.
Oposicionistas disseram que, apesar do confronto, não deixariam a praça, em que estão acampados nos últimos dias.
Militares usavam alto falantes para pedir calma aos dois lados, segundo imagens mostradas pela rede Al Jazeera.
Em entrevista à BBC, o líder oposicionista Mohamed ElBaradei afirmou que o confronto é uma "tática de intimidação" do governo e disse temer um "banho de sangue".
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