O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita, Dilma Rousseff, estão dispostos a "brigar" juntos, na reunião do G20 da semana que vem em Seul contra o que ambos classificam como "guerra cambial". A ideia, segundo Dilma, é propor medidas multilaterais.
"Todos os países que não são a China e os Estados Unidos percebem que há uma guerra cambial. E eu quero dizer para vocês que em uma situação dessas não tem solução individual", disse Dilma, em entrevista coletiva concedida no Palácio do Planalto.
Dilma afirmou que os países podem adotar medidas de proteção, mas alertou: "quando começa uma política de desvalorização competitiva, a última vez que houve deu no que deu. E o que foi que deu? A Segunda Guerra Mundial".
Dilma deixará hoje Brasília para um breve descanso em local não informado. No início da semana que vem, porém, ela retoma as atividades e acompanhará Lula no encontro do G20, na Coreia do Sul.
Ao comentar sobre o encontro de Seul e a questão do câmbio, Lula, que falou antes de Dilma, enfatizou: "vou para o G20 para brigar. Se eles já tinham problema para enfrentar o Lula, agora vão enfrentar o Lula e a Dilma", disse o presidente.
Lula reforçou que tanto ele quanto Dilma defendem a manutenção da política de câmbio flutuante no Brasil.
Mas acrescentou que "vamos tomar todas as medidas necessárias para que nossa moeda não seja sobrevalorizada".
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