José Serra, em fala no XI Fórum de Biarritz, na França, onde se discutiram as relações entre América Latina e União Europeia, resolver fazer o que não se propôs durante a campanha eleitoral: ser oposição a Lula.
Segundo a EFE, Serra acusou Lula de “desindustrializar o Brasil” ao fazer "populismo de direita” em matéria econômica. Afirmou que o país é fechado ao exterior, fraco em investimentos e tem elevada carga tributária.
Sobre a politica monetária, Serra acusou Lula de fazer "populismo cambial" e de não ter um modelo econômico.
Concordo quanto ao “populismo cambial”: querer desvalorizar o real frente ao dólar através do simples mecanismo de compra da moeda americana, não é uma politica eventualmente consequente, e pode ser facilmente derrocada com o que os EUA fizeram no inicio da semana, ao fazer chover dólares na economia mundial.
Quanto à política externa, Serra acusou Lula, de "se unir a ditaduras, como a do Irã", o que, aliás, pressinto que é um discurso extemporâneo, pois a chancelaria já saiu “de fininho”, da ilharga do Ahmadinejad.
Neste instante, aliás, apareceu um membro da Fundação Zapata, do México, que deu uma de Rei da Espanha e disparou rumo a Serra: "por que não se cala?"
De fato, esta seria uma estratégia para Serra ter usado no início da campanha, mas, ele quis se contrapor à Dilma sem se contrapor à Lula: tarefa paradoxalmente inglória.
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