O advogado Andrei Mantovani não defende mais Ezequiel Abreu Calado, 19 anos, o "Bloody" (Sanguinário), que, segundo a Polícia Civil, é o líder do grupo gótico que planejou a morte e executou uma adolescente de 16 anos, durante ritual satânico, no cemitério do Bengui, em julho passado. Em nota à imprensa, distribuída ontem, o advogado explica suas razões. "Quando aceitei patrocinar a causa de Ezequiel, a pedido de seus familiares e dele próprio, coloquei claramente duas condições para aceitá-la", diz. E continua: "A primeira que ele fosse temente a Deus. A segunda, que ele sempre falasse a verdade."
A nota segue lamentando que "no decorrer de nossas conversas, entre cliente e advogado, e também com os familiares de Ezequiel, houve a insistência numa tese que não é compatível com a verdade dos fatos já amplamente divulgados pela imprensa e, também, já confessados por Ezequiel", diz Andrei. A tese a que se refere o advogado Andrei Mantovani é o fato de que Nancy Danielly da Silva Amorim, 19 anos, teria induzido o rapaz a praticar o crime. O advogado continua na defesa de Nancy, que também está presa sob a acusação de envolvimento na morte da adolescente.
O advogado lembra que Ezequiel é réu confesso, deixando claro, portanto, que ninguém o induziu a cometer o homicídio. Ao tomar sua decisão, Andrei Mantovani diz que também levou em conta suas convicções éticas, profissionais e, ainda, como cidadão e pai de família. "E, ainda, as divergências que foram aprofundadas no decorrer destas últimas semanas entre as partes, levando também em conta os pedidos de meus familiares, de amigos e de colegas advogados (as)", disse.
Piedade - O advogado encerra a nota agradecendo a atenção de todos. "E que Deus tenha piedade daqueles que, um dia, negaram seu nome", afirma Andrei Mantovani. Na segunda-feira, 30, o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves encaminhou, à Polícia Civil, laudo apontando que a adolescente de 16 anos não sofreu violência sexual e foi morta por estrangulamento. Os peritos informaram, também, que, ao ser morta, a jovem apresentava estado de embriaguez.
Mais: o laudo revela que a agressão física que ela sofreu caracteriza o crime de tortura.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo informa que havia 4,06 miligramas de álcool etílico por litro de sangue no corpo da adolescente, o que caracteriza o estado de embriaguez. O documento foi encaminhado aos delegados Neyvaldo Silva, titular da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), e Eduardo Rollo, que comanda a Divisão de Homicídios.
Na sexta-feira passada, Ezequiel voltou ao cemitério do Bengui para reconstituir o assassinato, ocorrido no último dia 21 de julho, no qual estão sendo acusados, além dele, Nancy Danielly, uma jovem de 16 anos e um garoto de 15. Na reconstituição - ou reprodução simulada dos fatos -, ele minimizou sua participação no homicídio e direcionou a autoria do homicídio para os dois adolescentes que estavam com ele no dia do crime e já foram apreendidos
Comentários do Blogueiro:
Muito embora o advogado tenha o mesmo nome que o meu, discordo de sua posição, todo cidadão precisa de uma defesa técnica em um processo penal, por mais dificil que seja a causa, ficaria para defender os seus direitos até fim.
Outro comentário é com relação ao mesmo ser réu confesso, isso por si só, não tem o condão de condenar a pessoa, até por que o Juiz não está adstrito a qualquer prova e é livre para formar o seu convencimento, sempre indo em busca da verdade real, fundamentando a sua decisão.
fala ai andrei, anucia a festa da carreta J som e turbinada la na vila conceição dia 11 dezenbro!
ResponderExcluirvaleu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11