domingo, 8 de agosto de 2010

DEU NO JORNAL O LIBERAL DE DOMINGO: 08 DE AGOSTO DE 2010.


INDÚSTRIA DA CERÂMICA REDUZ EMISSÃO DE GÁS


MEIO AMBIENTE: DONOS DE FÁBRICAS INVESTEM EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Parece contraditório para uma indústria que precisa promover queima para manter seus fornos aquecidos 24 horas por dia, mas a redução de emissão de gás carbônico está modernizando a indústria cerâmica de um dos maiores pólos de produção de telha e tijolo do Pará, o município de SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, distante 180 quilômetros da capital, na Região nordeste do Estado do Pará. Lá, um projeto que permite aos proprietários de olarias negociarem créditos de carbono tem contribuído para a melhoria estrutural das fábricas e redução de danos ambientais.


A negociação de crédito de carbono não é necessariamente uma novidade. O termo apareceu pela primeira vez em 1997, com o protocolo de Kyoto, após o encontro que reuniu os principais lideres da economia mundial na cidade de Kyoto, no Japão. Mas só passou a vigorar quase 10 anos depois, em 2005, mesmo assim projetos como o de São Miguel ainda são raros. No Pará que ocupa 26% de toda a Amazônia legal, as cerâmicas do Município são as únicas a obter certificados de redução de emissões, sem os quais é impossível negociar créditos de carbono. A idéia de produção sustentável ainda aparece utopia para muita gente.


O exemplo da indústria cerâmica, no entanto, mostra que é possível produzir, melhorar a qualidade da produção, preservar o meio ambiente e continuar lucrando. Edson Menegalli, proprietário de uma das maiores fábricas de São Miguel do Guamá, é o primeiro a confirmar a lucratividade. “são vários os benefícios e o primeiro é o financeiro”, comentou. A matemática do mercado de crédito de carbono é relativamente simples. O dióxido de carbono que deixa de ser emitido ou é seqüestrado da atmosfera, no caso de projetos de reflorestamento, é calculado e comercializado em toneladas no mercado financeiro. O preço varia de mercado para mercado, mas o custo médio de uma tonelada de CO2 custa em média 6 euros.


Os valores pagos variam de acordo com os projetos e as metas alcançadas por eles. Mas para se ter uma idéia do lucro das empresas que aderiram a essa prática , recentemente a publicação da revista meio ambiente publicou alguns exemplos. Segundo o levantamento, uma tonelada de óleo diesel trocado por biodiesel gera o direito a 3.5 toneladas de créditos. Um hectare de floresta de eucalipto absorve por hectare 12 toneladas de gás carbônico por um ano. Um grande aterro sanitário que capte o metano e o transforme em eletricidade, pode ter direito a milhões de toneladas de créditos por ano. Essas quantidades de CO2 ou outros gases de efeito estufa economizados ou seqüestrados da atmosfera são calculados por empresas especializadas de acordo com determinações de órgãos técnicos da Organização das Nações Unidas (ONU).


APRENDENDO DIREITINHO:


Constituição Federal:


Artigo 225 CF: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.



COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:


O blogueiro teve a oportunidade de ser aluno do Dr Eduardo Turiel, o qual é sem duvida alguma uma das maiores autoridades em matéria de Direito Ambiental do Estado do Pará, o mesmo sempre relatava que é possível explorar sem degradar, preservar e contribuir para um desenvolvimento sustentável, com a devida responsabilidade.


Desde já o blogueiro parabeniza todos os ceramistas desta Cidade e afirma que eles possuem uma atividade importantíssima, pois são geradores de milhares de empregos diretos e indiretos nessa Cidade e mereciam uma atenção especial por parte do poder Público.


Nunca é de mais salientar que são atitudes desta natureza que contribuem para o desenvolvimento econômico, social, político e ambiental de qualquer cidade.


Quando o blogueiro estudou criminologia já no último semestre, aprendeu que os fatores que impulsionam o crescimento da criminalidade são justamente os de cunho econômico e social, fato este plenamente demonstrado, uma vez que a maioria exorbitante da população carcerária deste Estado e deste País são de pessoas que ou ROUBARAM ou FURTARAM.


Mas Andrey, qual a correlação das Cerâmicas com a criminalidade?



É simples, o desenvolvimento proporcionado pelos ceramistas, através da geração de empregos diretos e indiretos contribui para frear justamente o crescimento desta criminalidade, ao empregar milhares de pais de família em nossa Cidade.

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