O mundo
político parauara está em polvorosa, principalmente a base aliada. É que, com a
licença do governador Simão Jatene(PSDB) e os boatos acerca de sua saúde, é
grande a insegurança quanto à execução de acordos que já deveriam ter sido
implementados e foram subitamente jogados para escanteio. Uma
minirreforma do secretariado, por exemplo, que estava prevista para a primeira
semana de março, ficou adiada sine die. E não adianta notinha plantada
afirmando que Jatene está passeando para descansar; ao invés de tranquilizar,
afronta a inteligência alheia.
Dentro do
ninho tucano, começaram as bicadas intestinas entre os mais
emplumados para disputar a indicação para governador já em 2014, porque
agora é quase certo que Jatene não mais será recandidato. E é mais quem quer e
se sente apto para a vaga.
Nesse
diapasão, os senadores Fernando Flexa Ribeiro e Mário Couto, o deputado federal
Nilson Pinto, e os prefeitos Zenaldo Coutinho e Manoel Pioneiro são os primeiros
da fila. Que tem outros e cresce a cada dia. Quando Jatene voltar, periga estar
quilométrica. Isto sem falar nos partidos aliados, que também se sentem no
direito de pleitear um lugar ao topo.
Embora o
governador em exercício Helenilson Pontes(PPS) não tenha o perfil de Hélio
Gueiros Jr., o secretário Sérgio Leão(PSD) está a postos para cumprir o mesmo
papel de guardião que Jatene desempenhou quando o então governador Almir Gabriel
foi operado de emergência em São Paulo e Helinho chegou a exonerar parte
do secretariado. Na época, Jatene montou governo paralelo sediado no Centur, de
onde manteve a máquina administrativa funcionando e segurou as pontas até
o retorno de Almir.
Na Alepa, o
líder do PSDB, que na prática é o todo-poderoso líder do Governo, José Megale,
também está encarregado de administrar todas as pendências de seus pares perante
o Executivo. E o presidente, deputado Márcio Miranda(DEM), virou o segundo na
linha sucessória.
Emblematicamente – ou seria enigmaticamente? -, neste
fim de semana foi postada no Facebook foto de uma recepção em que o
supersecretário Sérgio Leão, na condição de chef de cuisine e
restaurateur, foi cozinhar na residência do deputado Martinho
Carmona(PMDB), dissidente da base aliada na composição da nova Mesa Diretora da
Alepa. Para delícia dos observadores enxeridos e fofoqueiros de
plantão.
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