terça-feira, 5 de março de 2013

Belém é a 26º cidade mais violenta do mundo


Belém ocupa atualmente a 26ª posição no ranking das cidades mais violentas do mundo. É o que aponta o estudo divulgado no final de fevereiro passado pela Organização Não Governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Segundo a pesquisa, no ranking das 50 cidades mais violentas, 15 são do Brasil. Belém apresentou uma queda comparada ao resultado da pesquisa anterior, onde a capital paraense estava em terceiro lugar.

Essa queda de posições é importante, entretanto, ainda há diversos casos de violência na capital. É o caso da recente tentativa de assalto feita a um shopping center no final de semana e a própria opinião dos cidadãos nas ruas, que afirmam não se sentir completamente seguros.

Ainda ontem, candidatos do concurso da Polícia Militar, realizado em junho do ano passado, realizaram um protesto contra a demora da divulgação dos aprovados para as próximas fases. Esse atraso, segundo os concursados, é um fator que afeta os níveis de violência de Belém.

O metalúrgico Vitor Silva afirma que há um déficit na segurança pública do Estado. “A sociedade anseia para a entrada de mais pessoal no efetivo policial. Nós mesmos conversamos com alguns e eles nos disseram que é preciso mais trabalhadores. O policiamento ostensivo inibe homicídios e impede que tanta violência aconteça na cidade”, explica.

O concurso tem quatro fases, mas os candidatos afirmam que apenas duas delas foram realizadas e desde novembro eles aguardam o resultado. Os concursados protestavam pacificamente na avenida Almirante Barroso com placas de “Segurança mais já”, “Não a violência”, entre outras.

O professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Alaia Colares, possui experiência no estudo da violência em Belém. Para ele, colocar apenas a capital paraense no ranking é exagero. “A Região Metropolitana sim está entre as mais violentas do Brasil. Além disso, é preciso avaliar o número de furtos, homicídios, roubos, tráfico de drogas, tudo que envolve a questão da violência e segurança, para fazer esse ranking”, comenta.

O professor ressalta que municípios como Ananindeua, Marituba e Benevides vêm apresentando altos índices de criminalidade e “isso se deve a uma expansão urbana que cria aglomerados de exclusão. Isso dificulta o trabalho da polícia”.

Alaia Colares propõe algumas soluções para a saída de Belém desse tipo de ranking: “É preciso acompanhar a expansão das cidades da RM com o aumento do efetivo policial e modernização da polícia. Mas, principalmente, com projetos de educação, habitação e cultura nas chamadas áreas de risco. É preciso dar oportunidades para que as pessoas não procurem o crime. Isso se consegue com cursos de capacitação e outras opções”.

As outras cidades brasileiras que também estão no ranking são: Maceió (6º), João Pessoa (10º), Manaus (11º), Fortaleza (13º), Salvador (14º), Vitória (16º), São Luís (23º), Cuiabá (28º), Recife (30º), Goiânia (34º), Curitiba (42º), Macapá (45º), Belo Horizonte (48º) e Brasília (49º).

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