Pessoas
com deficiência física, visual e mental, a partir deste ano, poderão comprar
veículo zero mais barato no Pará. Com a adesão por parte do governo do estado à
medida estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os
consumidores com algum tipo de deficiência ficam isentos do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadoria e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). A decisão,
que foi ratificada por intermédio do Convênio nº 38/12, do Confaz, está sendo
incluída à legislação tributária do Estado, e, com isso, o adquirente do
veículo terá descontos que podem chegar a quase 20% do valor do bem.
A regra,
no entanto, é válida apenas para veículos cujo preço de venda ao consumidor não
seja superior a R$ 70 mil, incluindo os tributos incidentes. Outro critério
estabelecido pelo convênio diz respeito à ausência de débitos por parte do
comprador com a Fazenda Pública Estadual ou Distrital. Quanto à aquisição do
automóvel, deverá ser registrada no Departamentode Trânsito do Estado (Detran) em
nome da pessoa com deficiência, sendo que um representante legal do adquirente
responderá solidariamente pelo imposto que deixar de ser pago em função da
isenção. Para lançar mão do benefício, o comprador deve compovar sua condição
de acordo com a norma estabelecida pelas
unidades da federação.
unidades da federação.
A medida
deve fomentar em 5% o volume de vendas do carro zero no Pará, segundo calcula o
presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do
Estado (Sincodiv) Leonardo Pontes. 'Pelo menos foi o que se observou em outros
estados brasileiros que adotaram o mesmo benefício', pontua. De acordo com
Pontes, estas são ações que melhoram a condição de vida daqueles que apresentam
baixo grau de mobilidade. 'A alíquota de 17% do ICMS, somada à isenção de 3% do
IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), pode gerar um desconto de 20% no
valor do veículo. Ou seja, é como se o consumidor ficasse ‘isento’ do valor da
entrada, que hoje gira em torno de 15% a 20%', explica.
Já na avaliação do presidente da Associação
Paraense dos Portadores de Deficiência (APPD), Nei Gil, este pode ser
considerado um passo importante para os mais de um milhão de deficientes
residentes no Pará, porém, a medida é insuficiente. 'É uma pena que esta ação
só venha a atender uma pequena parcela da nossa sociedade. A grande maioria dos
deficientes não dispõe da condição financeira necessária para comprar um carro,
nem com e nem sem o ICMS', dispara. Para ele, a baixa remuneração da pessoa com
deficiência é um problema que precisa ser enfrentado, tanto pelo poder público,
quanto pela iniciativa privada. 'A intenção até que é boa. Mas vai atingir
apenas 1% da população deficiente do Pará. Na verdade, queremos mesmo é que o
poder público crie medidas que venham melhorar o transporte público', dispara.
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