quarta-feira, 5 de novembro de 2014

"Podem sair de casa sem medo", diz secretário

Segundo o Governo do Estado, 10 mortes foram registradas na noite de terça-feira (04) e madrugada desta quarta-feira (05) - duas mortes a mais que a nota oficial divulgada horas mais cedo. A afirmação foi divulgada em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (05), no Comando Geral da Polícia Militar, em Belém.
Participaram da coletiva o secretário de segurança Luis Fernandes, o tenente coronel Daniel Borges e o promotor de justiça Armando Brasil, que prestaram esclarecimentos sobre a onda de violência que assustou a população da Região Metropolitana de Belém.
Eles informaram que estão investigando se essas mortes tem relação com a execução do cabo Antonio Figueiredo, na noite de terça-feira (04).
Segundo Luis Fernandes, nenhum confronto entre policiais e bandidos foi registrado ao longo da noite - inclusive do cabo Figueiredo, visto que não estava em serviço.
Para o secretário, a população não precisa temer por novos atos de violência. "As pessoas podem sair de casa sem medo e ir a locais públicos. Estamos trabalhando para continuar garantindo a segurança", destacou.
Apesar do depoimento do secretário de Segurança, a direção da Universidade Federal do Pará (UFPA) teria liberado os alunos, temendo represálias no Campus Guamá, e haveria registro de três casos de baleamento com internação no Hospital Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti, no bairro do Umarizal.
MEDO
O promotor de Jusiça Armando Brasil não concorda com a opinião do secretário Luis Fernandes e destacou o medo da população na capital paraense. “Temos que tratar toda esta situação com bastante cuidado, não sabemos o que pode ocorrer e não podemos descartar a hipótese de policiais estarem envolvidos nos crimes. Até mesmo postagens com possíveis ameaças e retaliações de criminosos não podem ser ignorados”, disse.
Armando Brasil lembrou que o cabo Figueiredo era combatente e temido pelos criminosos. Em 2007, foi considerado suspeito de executar uma pessoa e respondia a inquérito na Polícia Civil.
INSEGURANÇA
Também esteve presente na coletiva Francisco Xavier, presidente da Associação de Cabos da Polícia Militar e Bombeiros do Estado do Pará. Segundo ele, a morte de "Pet", como era conhecido o cabo Figueiredo, confirma ainda mais a insegurança a que todos estão submetidos no estado.
“Pedimos providências para o governo. O pai de família sai pra trabalhar, para garantir a segurança da população, mas ele mesmo não tem segurança. Precisamos de medidas mais concretas”, desabafou o presidente, que não informou se alguma paralisação ou ato deve ser organizado para os próximas horas ou durante a semana.
Nas redes sociais, boatos dão conta de que o número de mortos pode ser 10 vezes maior que o divulgado oficialmente, provocando pânico na população. Não há confirmação se policiais militares estão envolvidos na suposta chacina e quais medidas serão tomadas.
(DOL)

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