domingo, 23 de março de 2014

Celpa,Yamada e Oi lideram ranking negativo

Serviços essenciais prestados ao consumidor durante o ano de 2013, como o fornecimento de energia elétrica, de abastecimento e de telefonia, geraram uma enxurrada de reclamações que entraram em um cadastro elaborado pela diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). No ranking, que listou as 38 prestadoras de serviço que mais originaram queixas em 2013, a Rede Celpa ocupou o primeiro lugar de reclamações, com 159 fundamentadas. Em segunda posição ficou a rede de supermercados do Grupo Y. Yamada, com 111 reclamações, e em terceira posição, com 99 queixas fundamentadas, a Oi/Telemar, liderando entre as operadoras de telefonia celular e internet.
Cobranças indevidas e abusivas foram as mais listadas no ranking, deixando em segundo plano as garantias e dúvidas sobre cobrança, e ainda em terceira posição o valor, reajuste, contrato e orçamento. Essas queixas pontuaram a maioria das ações contra Celpa e Oi. A concessionária de energia elétrica teve contra si 113 reclamações por cobrança indevida e/ou abusiva das faturas. Clientes que pagavam mensalmente um determinado valor na conta e que de uma hora para outra se depararam com um aumento absurdo.
Foi o caso da auxiliar de consultório Maria das Graças, que se surpreendeu com a conta de energia no valor de R$267 que chegou à sua casa referente ao mês de julho. Acostumada a pagar de R$15 a R$20 pela energia, a consumidora estranhou a cobrança muito além da média. “Como pôde vir um valor tão alto desse? Eu não consumi isso tudo. Eu não estava nem em casa nesse período”.
Cumprindo a orientação básica dos órgãos de defesa do consumidor, Maria das Graças entrou primeiro em contato com a Celpa para esclarecer o fato, porém até o momento não teria conseguido resolver o problema. “Eu liguei para a Celpa e expliquei tudo, mas a moça só me disse que esse valor era porque tava acumulado lá no nome da minha unidade consumidora”, surpreende-se. “Acontece que eu nunca deixei de pagar a conta, como vai ter alguma coisa acumulada? Eu não vou pagar por uma coisa que eu não consumi”, declarou, enquanto agilizava sua reclamação no Procon.
A Yamada, por outro lado, acumula dezenas de queixas por não dar garantia satisfatória e cobertura plena dos produtos que comercializa. Só aí, do total de 99 reclamações, 42 clientes do grupo procuraram o Procon buscando seus direitos após terem tido problemas com algum produto adquirido em uma das lojas. Outro dado que chama a atenção no cadastro de reclamação fundamentada do Procon, feito de janeiro a dezembro de 2013, é a quantidade de produtos com vício gerando reclamações: 29 no total. 

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