quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cid Gomes sela saída do PSB

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), deverá oficializar na noite desta quinta-feira (26) sua saída do partido, levando consigo 38 prefeitos, dez deputados estaduais e quatro deputados federais. 

Ele é contra a candidatura própria do partido à Presidência da República, desejo do governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. Gomes é a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff. O Pros, partido recém-aprovado pela Justiça Eleitoral, deverá ser o destino do governador e de seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes. 

A decisão ocorrerá numa reunião do diretório estadual do PSB, marcada para as 19h de amanhã, em Fortaleza. 


No entanto, preocupado com os efeitos desse movimento político em relação aos mandatos dos parlamentares que deverão se retirar do partido junto com ele, Cid enviou dois emissários para uma espécie de missão diplomática junto a Eduardo Campos: o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Albuquerque (PSB). 

O objetivo da conversa com Campos, segundo eles, era garantir uma "saída amigável". Traduzindo, Cid quer garantir que o PSB não pedirá o mandato dos parlamentares "infiéis". A resposta de Eduardo Campos foi positiva. 

"Nós vamos fazer um desenlace, se assim entenderem os companheiros do Ceará, com muita boa vontade, tranquilidade. Não há nenhum ânimo de ir à Justiça por qualquer questão da parte da direção nacional do partido", afirmou. "Desde segunda-feira [quando conversou com Cid Gomes], afirmei a disposição de fazer o diálogo mais fraterno possível, fazer tudo que vamos fazer, vamos fazer num ambiente de diálogo, de conversa, de respeito mútuo, sem estresse." 

Nesse sentido, segundo Eduardo Campos, uma delegação foi designada pela direção nacional do PSB para conduzir essas conversas até o fim da semana. 

Questionado sobre como encarava a perda de um governo como o Ceará, além das figuras políticas dos irmãos Cid e Ciro Gomes, o potencial candidato à Presidência da República desconversou.

"Agora é a hora de olhar as entradas no partido. Olhar pra frente, olhar o que o partido ganha de sintonia com a sociedade", disse.

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