domingo, 11 de agosto de 2013

Pobreza diminuiu nos municípios paraenses

Os municípios paraenses estão entre os que registraram maior crescimento na renda nos últimos 20 anos. Entre 1991 e 2010, a renda per capita média da população aumentou 63,5%, chegando à cifra de R$ 446,76. A evolução nos índices divulgados pelo "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em pesquisa coordenada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram, no entanto, que a realidade paraense ainda está bem distante da média nacional. Em todo o País, a renda apontada foi quase duas vezes superior: R$ 793,87. No Distrito Federal, responsável pela maior renda individual entre os Estados, R$ 1.715,11, essa proporção chega a ser quatro vezes maior.

Apesar da disparidade, o relatório aponta um significativo avanço no combate à pobreza no Estado. Há duas décadas, o número de pessoas abaixo da linha da extrema pobreza caiu 40%, passando de uma parcela de 26,43% para 15,90% da população. A quantidade de habitantes avaliados como pobres também teve um decréscimo de 40%. Em 2010, o estudo constatou uma margem de 32,33% de habitantes, ante a marca de 53,85% no começo da década de 1990. O número de pessoas vulneráveis à pobreza é de 55,99% entre os moradores do Pará. Em 1991, era de 75,18%.

Entre os municípios, Marituba, Benevides, Canaã dos Carajás e Novo Progresso aparecem como os maiores responsáveis pela redução da extrema pobreza no Estado. Em compensação, 23 municípios paraenses tiveram aumento na proporção de habitantes nessa condição, com destaque para Anajás e Nova Esperança do Piriá. Não por acaso, as cidades paraenses com a maior parcela de moradores extremamente pobres. Já as menores proporções são encontradas em Belém, Novo Progresso, Ananindeua e Parauapebas. Esse também é o grupo com maior renda per capita do Estado. Como comparativo, a diferença entre a melhor renda do Estado e a pior é de 554,7%. O abismo é ainda mais alarmante quando se confronta com o valor da renda em São Caetano (SP): R$ 2.043,74, a maior do País. Cachoeira do Piriá aparece com valor 16 vezes menor, ou 1.500% de diferença. O coordenador do estudo, Marcco Aurélio Costa, entende que as cidades do interior, apesar de aparecerem nas últimas posições do ranking nacional, conseguiram evoluir de forma considerável nas últimas duas décadas. "O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) não trata de infraestrutura e qualidade de serviços, que é o visível. Ele leva em conta as pessoas", esclarece o pesquisador, assinalando que a evolução da renda da maioria dos municípios paraenses foi próxima dos 100%.

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