O senador Mário Couto (PSDB-PA), réu em processo de improbidade
administrativa, proposto pelo MPE-PA, por supostas irregularidades praticadas
quando era presidente da Alepa, salpicou ingrediente indigesto no caso.
> Advogado é acusado de extorção
Em matéria publicada ontem (18) em “O LIBERAL”, o senador
denuncia que foi procurado pelo advogado Paulo Hermógenes, que se disse enviado
pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda, Elder Lisboa, propondo-lhe excluir do processo
ele e a sua filha, deputada Estadual Cilene Couto (PSDB), mediante o pagamento
de R$ 400 mil.
> Gravação
Mário Couto gravou a conversa, que foi transcrita por “O
Liberal”, e afirma que, com base no episódio, irá pedir a suspeição do
magistrado ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE-PA) e “levar o caso à Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).”.
> Magistrado classifica a acusação como
absurda
Ouvido pelo jornal, o juiz Elder Lisboa afirmou não conhecer o
advogado e classificou o fato como "absurdo".
"Este senhor, quando se vê envolvido com problemas na
Justiça, parte para o contra-ataque. Isso é muito comum. O que ele pretende com
isso é me afastar do processo. E ele vai fazer isso com os outros juízes que
pegarem o processo", manifestou-se Lisboa, que é tido como um dos mais
rígidos e competentes juízes da magistratura paraense.
> AMEPA publica nota de repúdio
A Associação dos Magistrados do Estado do Pará (AMEPA)
desagravou o juiz Lisboa com uma “Nota de Repúdio” pulicada ontem mesmo (18) na
qual versa que, em sua defesa no processo, o senador “alega desconhecimento
do que era feito por terceiros durante sua gestão, não podendo ser penalizado se
terceiros usaram indevidamente seu bom nome.".
A nota questiona, da mesma forma: “como vossa excelência
[Mario Couto] quer que o magistrado seja responsabilizado por possíveis desvios
de conduta praticados por terceiros, que ao contrário de seu caso, não guardam
qualquer subordinação hierárquica com o magistrado?”.
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