Os médicos do Pará estão mal distribuídos, cada vez mais vinculados a planos de saúde e pouco afeita ao trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a pesquisa 'Demografia Médica no Brasil: dados gerais e descrições de desigualdades', do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). O estudo mostra que o Pará tem a segunda pior marca do País na relação médico por habitante: 0,83 médicos a cada grupo de mil habitantes. Só no Maranhão o quadro é inferior, com 0,68 médicos a cada mil pessoas.
Além do baixo número de médicos, eles são mal distribuídos. São 6.300 médicos no Estado, mas 56,5% deles (4.181) estão em Belém. A média da capital, inclusive, é uma das quinze melhores, com 3,09 médicos para cada mil habitantes. O contraste também é observado quanto aos postos de trabalho médico, público ou privado. São 12.440 locais de atendimento, sendo que 6.902 (56%) estão em Belém. A proporção geral fica de 5,11 postos por mil habitantes belenenses, contra 1,64 no conjunto do Estado.
A situação é ainda mais alarmante quando se avalia, especificamente, os postos de trabalho em estabelecimento público (6.112), entre a população atendida pelo SUS. O Pará tem o pior registro entre todos os Estados, cerca de 0,89 postos médicos públicos para cada grupo de mil habitantes. A oferta é dez vezes inferior ao número de estabelecimentos privados que atendem os paraenses com planos de saúde: 8,49 por mil pessoas (13ª melhor marca entre todos os Estados).
Fonte: ORM
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