terça-feira, 25 de março de 2014

Maroja diz que é vítima de retaliação

O desembargador João José da Silva Maroja, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), teria recebido, quando presidia o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE), pelo menos R$ 1,3 milhão em troca de decisões judiciais favoráveis a políticos paraenses.
“O Conselho Nacional de Justiça, não apurou nada e ficou só no disse-me-disse. O que houve foi uma artimanha política que deve aparecer no momento certo. É uma acusação irresponsável, até porque a mola motora dessa discussão foi um prefeito reconduzido ao cargo com 79% dos votos”, disse João Maroja
Com essas palavras, o desembargador João Maroja criticou a decisão do CNJ, garantindo, em entrevista ao DIÁRIO, que não pretende se afastar do cargo e que irá, com recurso aos tribunais superiores, tentar sustar a decisão do CNJ para afastá-lo do cargo.
Maroja informou que ainda tem mais seis meses de magistratura pela frente antes de se aposentar. Para o desembargador, ele estaria sendo vítima de “retaliação política” de advogados descontentes com as decisões por ele tomadas nos processos eleitorais dos prefeitos de Chaves e São Miguel do Guamá. “Minhas decisões foram ratificadas nos recursos dos tribunais superiores, em Brasília. Então, como podem me acusar de algo que não fiz?”.

PROVAS
O desembargador afirmou que jamais se envolveu em casos de corrupção e que as afirmações feitas contra ele no processo precisam ser provadas. “Desafio alguém a provar isso. Não devo nada a ninguém e sempre fui a vida toda um homem de retidão, de caráter. Quero apurar e responsabilizar quem produziu essa coisa toda”, acrescentou, observando que sempre foi um homem educado, simples e que jamais deixou de atender quem quer que fosse em seu gabinete no Tribunal de Justiça.
Após se declarar “abalado” e que ainda “não caiu a ficha”, com a decisão do CNJ, ele disse que pautou sua vida toda pelos princípios éticos e morais e que irá desmontar todas as “mentiras” armadas para prejudicá-lo. Também disse estar reconfortado com as manifestações de solidariedade que tem recebido de magistrados, principalmente de outros desembargadores que com ele convivem diariamente.
Perguntado sobre outra acusação do CNJ – a de que favorecia clientes de seu filho, Leonardo Maroja, com decisões judiciais que tramitavam por suas mãos -, o desembargador negou com veemência que isso tenha ocorrido. “É mais uma acusação injusta contra mim”, desabafou, destacando ter recebido “mensagem reconfortadora” da presidente do TJPA, Luzia Nadja Nascimento.
Na sustentação oral, no plenário do CNJ, o advogado Felipe da Silveira, defensor de Maroja, definiu como “falsas e mentirosas” as imputações feitas ao desembargador, assinalando que partem de advogados interessados na causa.
(Diário do Pará)

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