O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta
quinta-feira (27) três novas resoluções que definem regras para a
disputa eleitoral deste ano. Uma das mudanças é a proibição aos
candidatos de recorrerem a empresas de telemarketing para fazer
propaganda eleitoral.
Nas regras elaboradas para a propaganda eleitoral, os ministros do TSE
proibiram a prática de telemarketing, independentemente do horário. Além
disso, a corte eleitoral tornou obrigatório que todo debate ou
propaganda na televisão tenha legenda ou seja traduzido para Libras, a
Linguagem Brasileira de Sinais.
Na resolução sobre escolha e registro de candidatos, ficou decidido que
não será mais permitido, a partir das eleições de outubro, que o
político se apresente com o nome de algum órgão da administração pública
direta ou indireta, além de autarquias e empresas públicas. Por
exemplo, não será mais autorizado os candidatos concorrerem com "nome de
urna" como Chico do INSS ou João da UnB.
Outra mudança definida nesta quinta pela Justiça Eleitoral é o prazo de
substituição de candidatos que irão concorrer nas eleições. Até o
pleito anterior, a troca podia ocorrer 24 horas antes do dia da votação.
A partir deste ano, o prazo-limite para alteração é 20 dias antes da
eleição.
A única exceção prevista pelo tribunal é para falecimento de
candidatos. Nessas situações, será permitida a alteração até a véspera
do pleito.
Limite de financiamento
Sobre as regras de arrecadação e gastos de recursos em campanha
eleitoral, a principal mudança foi a fixação de limite para que um
candidato financie sua própria campanha – antes, não havia limitação. A
partir de 2014, o candidato só poderá utilizar na campanha o limite de
50% de seu patrimônio declarado à Receita Federal no ano anterior às
eleições.
O ministro Dias Toffoli, relator das resoluções sobre as eleições no
TSE, propôs a mudança com base no Código Civil, que proíbe que uma
pessoa faça doações superiores a 50% do próprio patrimônio.
Toffoli retirou do texto a proibição para que empresas estrangeiras
fizessem doações a candidatos. Após debate entre os ministros do TSE,
ficou definido que se aguardará o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir
se empresas, de modo geral, podem ou não fazer doações a políticos ou
partidos.
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