quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Salário mínimo cresce menos que preço de produtos básicos em 2013

O salário mínimo interrompeu a trajetória de aumento de poder de compra ante produtos básicos, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A entidade calcula o salário mínimo necessário, com base em trecho da Constituição segundo o qual a remuneração de um trabalhador deve ser suficiente para suprir pelo menos as despesas básicas de uma família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
De acordo com o Dieese, o salário necessário em 2013 ficou em R$ 2.765, um valor 4,1 vezes maior do que o salário mínimo vigente no ano passado (R$ 678).
Em 2012, o salário necessário era 4 vezes maior que o mínimo. Isso quer dizer que este cresceu um pouco menos do que o preço dos produtos que o Dieese considera necessários para uma família.
Olhando para um prazo mais longo, no entanto, vemos que a vida de quem ganha o mínimo é hoje bem menos sofrida, ao menos materialmente, do que era há duas décadas.
Em 1994, o salário necessário era mais de 10 vezes o valor do mínimo. Ou seja, quem ganhava o piso nacional não conseguia comprar nem 10% das necessidades básicas para viver.

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