domingo, 24 de novembro de 2013

Orçamento de 71% dos paraenses não é suficiente

A cada dez consumidores paraenses que contraíram dívidas este ano, sete estão sem condições de quitá-las. Uma pesquisa feita pela consultoria GuiaBolso.com indica que o orçamento de 71% das famílias paraenses não é suficiente para cobrir as contas feitas ao longo deste ano. Este percentual ultrapassa a média nacional, que é inferior a 68%, e, segundo a avaliação de especialistas em economia, representa um risco para os consumidores, que podem estar beirando um colapso financeiro. Os economistas sugerem que, com o pagamento do 13º salário, aposentados, pensionistas e trabalhadores formais se programem para saldar seus débitos e começar o ano sem pendências financeiras. No entanto, em grande parte dos lares paraenses, o salário extra já tem destino certo: as compras de Natal.

A pesquisa da consultoria GuiaBolso.com mostra ainda que 57% dos paraenses se dizem 'em apuros', quando o assunto é a questão financeira. Já 36% revelam estar no limite do orçamento, ou seja, mais de 90% da clientela paraense está sem reservas para custear eventuais contratempos que possam ocorrer na família, como é o caso de doenças ou de acidentes. Apenas 7% da população economicamente ativa do Pará poupam ou investem recursos financeiros, percentual que é quase a metade da média nacional (12%). Os consumidores que garantem estar com as dívidas sob controle ou que não possuem faturas a pagar somam 27% no Pará, índice seis pontos percentuais maior do que o indicador nacional (32%). Já 17% da clientela do Estado garantem ter dívidas relevantes.

Com base nos levantamentos da Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio), que realiza mensalmente a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o uso desenfreado do cartão de crédito continua sendo o maior algoz da clientela paraense. De acordo com os dados do mês passado, 73% das famílias no Pará parcelaram dívidas do chamado 'dinheiro de plástico' - o que não quer dizer que as faturas estão atrasadas. Este volume é seis pontos percentuais menor do que o registrado em igual período do ano passado, quando o contingente de endividados no crédito ultrapassou a casa dos 87% da população economicamente ativa no Estado. Os carnês (16,1%), o crédito pessoal (9,8%), o crédito consignado (7,2%) e o financiamento de carro (4,6%) completam a lista das principais dívidas.

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