quinta-feira, 21 de março de 2013

Se o governo se manter irredutível, decidiremos pela greve’, diz presidente da SNDPOL

Após o anúncio do repasse salarial de 9% e reajuste no ticket de alimentação para servidores estaduais, a categoria policial segue em estado de assembléia permanente até o próximo dia 3 de abril, quando representantes sindicais se reúnem novamente com a secretária de estado de administração, Alice Viana. A categoria avisa ainda que pode entrar em greve caso não haja a incorporação do abono salarial de R$ 540, que deveria ser repassado ainda este ano, segundo informações do presidente do Sindpol/Pa (Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará), Rubens Lima Teixeira, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (21).
 
 
O presidente afirma que a incorporação do abono salarial é a maior reivindicação da classe. ‘A promessa da Sead em agosto de 2012 era de que metade do abono seria incorporado ainda no ano passado e a outra metade este ano, mas até agora nada foi repassado’, disse o presidente do sindicato.

Ele ainda comentou as deliberações da reunião com a secretária de administração do estado. ‘A proposta do sindicato de reajuste salarial era de 30%, mas nós prevíamos que a porcentagem repassada seria bem menor. Nós queríamos que o valor do ticket de alimentação fosse de R$ 750, levando em consideração o atual valor da cesta básica, mas não foi isso o que aconteceu’.

Outro ponto frisado na coletiva pelo presidente da COBRAPOL (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), Jânio Bosco Gandra, foi a luta pela isonomia salarial entre os policiais civis com nível médio e os que possuem nível superior. ‘Há uma indicação do Núcleo Jurídico da Sead para que os servidores do Pará que exercem a mesma função tenham a mesma remuneração independentemente do nível de ensino, porém, o estado não cumpriu a determinação’.

Cartilhas - A COBRAPOL irá lançar nos próximos dias a cartilha ‘Operação cumpra-se a lei’, que pretende orientar policiais civis sobre seus direitos no exercício da profissão, pretendendo que os trabalhadores atuem de acordo com a legislação vigente. A Confederação também distribuirá a cartilha ‘Assédio Moral dentro da polícia civil é crime’, que pretende esclarecer os servidores sobre o tema.

O outro lado - Em nota, a Secretaria de Estado de Administração informa que 'o Governo do Pará em momento algum fechou as portas para qualquer negociação com as entidades sindicais. Pelo contrário. Ao final da reunião divulgou inclusive datas e horários para discutir as pautas específicas com cada categoria. A do Sindpol está marcada para o próximo dia 3 de abril. Devido as limitações orçamentárias e financeiras algumas das reivindicações serão objeto de acordo das próximas mesas de negociação.

O que foi anunciado hoje, pela manhã, foi a política de reajuste salarial do ano de 2013 para o conjunto dos servidores públicos do Estado do Pará, que propiciou um aumento de 9% na remuneração da totalidade dos servidores, e que representa um ganho real de 2%, de acordo com a inflação do período que é de 6,5% segundo (INPC - IBGE). A medida elevou o salário dos escrivãs, investigadores, papiloscopistas e motorista policial para cerca de R$ 4.200 a R$ 4.700 considerando as classes, inclusive aumentou o valor do auxílio alimentação de R$ 320 para R$ 350.

O impacto na folha de pagamento/mês é de R$ 18,5 milhões. O governo do Estado ainda considera que não há nenhum descumprimento de compromisso com os servidores públicos. A exemplo do que fez em 2011 e 2012, em que nenhuma categoria teve perdas em decorrência da inflação, os ganhos obtidos ao longo desses 2 anos variaram de 20% a 42%, inclusive como é o caso dessa categoria, que teve um reajuste de 23% em média. Não existem perdas acumuladas.

Redação Portal ORM

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