quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Bastidores da Alepa

A campanha para a presidência da Alepa está embaralhada. Hoje, Edmilson Rodrigues(PSOL) manifestou posição desconcertante: disse que não apoia qualquer candidato e pode até se lançar na disputa, como forma de protesto. Do que se deduz que, no mínimo, poderá se abster do voto, para marcar posição.

A revelação surpreendeu, porque desde o início se dava como certo seu apoio à chapa de Martinho Carmona.

As negociações estão intensas. O presidente da Alepa, deputado Manoel Pioneiro (PSDB), conversou longamente hoje com o líder do PMDB, deputado Parsifal Pontes, enquanto no plenário os presidenciáveis se alternavam em rodinhas ao pé do ouvido.

José Megale computa o apoio do PSDB (5) DEM(2), PP(1), PRB(1), PSC(1), PMN(1), PTB(2), PSB(2) e PSD(3), somando 18 votos.

Martinho Carmona tem os votos do PMDB(8), PT(8) e, se a eleição for ainda este ano, 1 de João Salame, do PPS, o que lhe garante 17 votos.

Se a eleição for até 1º de fevereiro de 2013, como o Regimento Interno permite, o cenário pode mudar. O atual vereador de Belém Augusto Pantoja(PPS) assume o mandato de deputado e poderá votar em Megale.

Acontece que os votos de Gabriel Guerreiro (PV), Pio X (PDT), Raimundo Santos (PEN), Eliel Faustino e Júnior Hage (PR) são incógnitas. E há um desconforto na base aliada. O governador Simão Jatene tem conversado individualmente com os deputados no palácio, sondando posições e cobrando fidelidade, mas eles reclamam do tratamento que recebem, que nada difere do dispensado à oposição e, às vezes, é até pior. Entre as queixas, a liberação de emendas, a pouca cordialidade nas secretarias e a falta de um canal político. A Casa Civil, tradicionalmente com essa atribuição, quando procurada, retruca que é técnica. E a insatisfação aumenta. Jatene alega que, quando nomeou Zenaldo Coutinho articulador, foi um deus-nos-acuda entre os demais líderes do PSDB, que se sentiram desprestigiados. Mas o sentimento é que, do jeito que está, a coisa só se agrava.

Outra questão é a hegemonia tucana, que está alarmando os outros partidos. Com o governo do Estado, a capital e os dois maiores colégios eleitorais do Pará, além de tantas outras prefeituras – e as que ainda irão aderir até 2014 -, a Alepa sob o controle do PSDB está desenhando um cenário assustador para os que temem dificuldades na reeleição.

Nessa esteira, o nome do deputado Márcio Miranda(DEM), líder do Governo, vem sendo trabalhado discretamente como uma alternativa para compor chapa única.
 
Fonte: Blog da Franssinete

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