O governo anunciou na segunda-feira uma série de medidas para estimular o
crescimento econômico, por meio do setor automotivo e de bens de capital, além
de crédito para pessoas físicas. "O resultado esperado dessas medidas é reduzir
o custo do investimento. Queremos reduzir o preço dos veículos ao consumidor a
partir de preços menores e custos menores para garantir o crescimento econômico
num momento de crise", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
As reduções de impostos para a compra de automóveis serão integralmente
repassadas aos consumidores, assegurou a Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea). A desoneração de Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) mais os descontos sobre os preços de tabela prometidos
pelas montadoras permitirão que os carros populares fiquem quase 10% mais
baratos, de acordo com a entidade.
O pacote tem uma desoneração fiscal no valor de R$ 2,1 bilhões até agosto
de 2012, além de pouco mais de R$ 600 milhões com equalização de juros menores
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Veja as medidas
anunciadas:
Consumo
- Redução da alíquota do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) para linhas de crédito voltadas a pessoa física de 2,5% para
1,5%
- Renúncia de R$ 900 milhões até agosto de 2012
Setor automotivo
- Liberação de R$ 18 bilhões em depósito
compulsório pelo Banco Central sobre recursos a prazo, para financiamento de
automóveis e de veículos comerciais leves, a partir da terça-feira
- Redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
válidas até 31 de agosto para automóveis dentro do regime automotivo:
* Até
1.000 cilindradas: de 7% para zero
* De 1.000 a 2.000 cilindradas flex: de
11% para 5,5%
* De 1.000 a 2.000 cilindradas gasolina: de 13% para 6,5%
*
Utilitários: de 4% para 1%
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