terça-feira, 3 de abril de 2012

MPE vai investigar suposta fraude em concurso

O Ministério Público do Estado instaurou, nesta terça-feira (3), procedimento administrativo para investigar indícios de fraude no concurso para Guarda Municipal de Belém, realizado no domingo (1º), na capital paraense.

Hoje, a promotora Maria da Penha de Mattos Buchacra Araújo colheu três depoimentos que indicaram a possibilidade de fraude e requisitou instauração de inquérito policial à Dioe (Divisão de Investigações e Operações Especiais), da Polícia Civil do Pará.

A promotora de justiça adiantou ainda que a fraude também será investigada criminalmente e que já oficiou o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) do MPE. Na próxima segunda-feira (9) serão ouvidos mais dois candidatos para subsidiar as averiguações do MPE. Conforme o resultado das investigações, outras medidas serão tomadas.

Denúncias - A denúncia de que um dos candidatos que fazia prova na Escola Estadual Raymundo Martins Viana estaria recebendo as respostas por meio de um fone de ouvido no celular foi recebida pelo MPE na manhã de ontem (2).

Segundo Maria da Penha Buchacra, alguns candidatos se sentiram prejudicados e não estavam mais em condições psicológicas de prosseguir com a prova, já que a tensão gerada foi muito grande. 'Houve desequilíbrio na igualdade entre os candidatos. As condições se tornaram desfavoráveis', avalia Buchacra.

Nove pessoas foram presas, enquadradas nos crimes de uso de documentos falsos, falsificação de documento público, falsa identidade e formação de quadrilha. Entre elas, havia um Policial Militar e dois Guardas Municipais de Ananindeua.

O monitoramento das fraudes iniciou quando o Cetap (Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional), responsável pelo concurso público, informou que um candidato preencheu o cartão resposta antes mesmo de receber o caderno de perguntas. De acordo com o delegado Rogério Morais, da Dioe, responsável pelo caso, cinco escolas estavam sendo monitoradas. 'A polícia já tinha os nomes dos suspeitos. Nestas escolas, haviam policiais disfarçados de fiscais de sala e, durante a realização do certame, estes candidatos falsários foram levados para a delegacia para prestar depoimento', explicou Morais. Com os integrantes do bando, foram encontrados celulares, meio por qual eles se comunicavam através de códigos.


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