sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Economia reduz ritmo e cresce 0,8% no 2º trimestre

Sob impacto da contenção do crédito, do câmbio valorizado, de juros maiores e da consequente freada da indústria provocada por esses fatores, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou expansão de 0,8% no segundo trimestre deste ano na comparação livre de influências sazonais com o primeiro trimestre. Naquele período, a economia havia crescido a um ritmo mais acelerado --1,2% segundo o dado revisado. O PIB representou, em valores correntes, R$ 1,021 trilhão.

Em relação ao segundo trimestre de 2010, o PIB cresceu 3,1%. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, houve expansão de 4,7% --o indicador mostra como seria o desempenho da economia em 12 meses, se o ano se encerasse em junho.
No primeiro semestre, por sua vez, o PIB, que mede a produção de bens e serviços (inclusive os públicos como saúde e educação) de um país em um determinado intervalo de tempo, avançou 3,6% na comparação com o mesmo período de 2010.

Setor mais dinâmico da economia e que sente primeiro os reflexos das medidas para segurar o consumo e os investimentos, a indústria subiu 0,2% ante o primeiro trimestre --havia tido alta de 2,2% nos três primeiros meses do ano. Já os serviços, setor de maior peso na economia (cerca de 60%), registraram expansão de 0,8%. O PIB da agropecuária caiu 0,1%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, a indústria teve alta de 1,7%. No caso de serviços, houve crescimento de 3,4%. O PIB da agropecuária ficou estável no período.

Sob a ótica da demanda --ou seja, dos setores que consomem os bens produzidos por indústria ou agropecuária ou os serviços prestados por empresas e setor público--, o consumo das famílias sustentou o PIB, apoiado no emprego e na renda em alta. Cresceu 1,0% na comparação com o primeiro trimestre --no período, havia tido crescimento de 0,6%. Em relação ao primeiro trimestre de 2010, houve avanço de 5,5%.

Já os investimentos na economia (em construção civil e máquinas e equipamentos, sinalizados pelo indicador de formação bruta de capital fixo) cresceram num ritmo maior, com 1,7% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao primeiro trimestre de 2010, houve alta de 5,9%.
A taxa de investimentos representou 17,8% do PIB no segundo trimestre.

Diante da prevista desaceleração do PIB no primeiro trimestre, economistas já esperam um desempenho pior do PIB neste ano, na casa dos 3,5%. Em 2010, a economia brasileira cresceu 7,5%.

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