Alguma coisa subiu à cabeça do ministro Nelson Jobim (Defesa). Não se sabe o que é. Mas tem mais cara de soberba do que de bom senso.
Nas pegadas da entrevista em que disse ter votado no tucano José Serra, contra Dilma Rousseff, vem à luz uma nova tentativa de ‘sincericídio’ de Jobim.
Em conversa com a repórter Consuelo Dieguez, Jobim desqualifica duas colegas de ministério quem nem esquentaram a cadeira: Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann.
Mais: insinua que, na pasta da Defesa, quem decide sobre nomeações é o ministro, não a presidente da República.
O novo flerte de Jobim com a porta de saída foi impresso nas páginas da última edição revista “Piauí”.
Num par de notas, a coluna de Mônica Bergamo antecipa alguns dos pedaços tóxicos da conversa. Leia:
- CENSURA: O ministro Nelson Jobim, da Defesa, solta o verbo mais uma vez, agora na revista "Piauí" que chega às bancas amanhã.
Ao se referir às negociações sobre o sigilo eterno de documentos, ele atira no núcleo do governo de Dilma Rousseff. "É muita trapalhada", afirma.
"A [ministra] Ideli [Salvatti, das Relações Institucionais] é muito fraquinha". Já Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, "nem sequer conhece Brasília".
- QUEM MANDA: Jobim conta também que, ao convidar José Genoino para trabalhar na Defesa, ouviu de Dilma: "Mas será que ele pode ser útil?".
Jobim diz que respondeu: "Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu."
O ministro diz ainda que FHC e Lula são sedutores. "Só que de maneiras diferentes. O Lula diz palavrão, o Fernando é um lorde".
Os novos disparos chegam ao noticiário horas depois de o ministro ter sido recebido por Dilma. Saiu da audiência com a cabeça ainda sobre o pescoço.
Se Dilma queria motivos adicionais para levar à bandeja o escalpo do ministro que Lula lhe impôs, dispõe agora de farto material.
Fonte: Blog do Josias
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