O promotor que investiga as fraudes na Assembleia Legislativa (Alepa), Nelson Medrado, vai preparar nos próximos dias uma ação de improbidade administrativa do Ministério Público contra a deputada estadual Simone Morgado (PMDB); a ex-servidora Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante, que trabalhou no gabinete da parlamentar; e a funcionária da Casa e mãe de Mayra, Maria Márcia Mendes Leite Cavalcante. A decisão do promotor foi tomada ontem, após ouvir em depoimento a servidora Dilma Oliveira, que trabalhou no gabinete da deputada Simone Morgado (PMDB) durante quatro anos. Acompanhada de seu advogado, Waldemir Carvalho, Dilma falou sobre o caso da da assessora Ana Mayra, que trabalhou de 2009 a junho deste ano no gabinete da deputada e que, durante oito meses, cursou pós-graduação em Portugal e continuou recebendo o salário de mais de R$ 2 mil sem comparecer à Casa. Em depoimento, Dilma disse que Simone Morgado sempre soube da existência da servidora em seu gabinete e negou que tivesse induzido a deputada a erro por meio de assinaturas eletrônicas.
Dilma foi chamada a falar sobre o caso após o promotor Nelson Medrado receber um ofício da deputada Simone Morgado, no último dia 9. No documento, a deputada cita a sugestão de sua chefa de gabinete pelo uso de assinaturas eletrônicas, 'o que facilitaria a rotina burocrática'. Para Medrado, Simone Morgado teria insinuado que foi induzida a erro por Dilma - daí ela ter sido chamada a depor.
No documento, a deputada diz que 'em tais documentos, demonstrando minha confiança, ora era utilizada a assinatura eletrônica, ora minha assinatura pessoal, sem que me detivesse ao detalhamento do controle e acompanhamento da frequencia dos servidores, atribuição própria da atividade meio exercida pela chefia de gabinete'.
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