Pelo menos duzentas pessoas se concentram em frente ao Theatro da Paz, desde as primeiras horas da manhã deste sábado (20), para participar de um ato em repúdio à construção da Usina de Belo Monte. O protesto acontece em todo País e, no Pará é coordenado pelo Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo. Segundo a coordenação do ato, é uma manifestação pacífica e cultural.
Os manifestantes devem caminhar pela Avenida Presidente Vargas, até a Castilhos França, encerrando no Ver-o-peso. Durante o percurso, há paradas para apresentações teatrais alusivas ao tema. 'Toda nossa programação é pacífica. É uma programação bastante cultural para mostrar para a população os prejuízos da construção da usina', comenta um dos coordenadores do Movimento, Marquinho Mota.
Vários ônibus vindos de municípios da região metropolitana de Belém trouxeram participantes para a caminhada. Também é esperada a presença de lideranças indígenas da região da construção da usina, para acompanhar o evento. No Ver-o-peso, haverá um ato especial. 'Vamos 'abraçar' o rio Guamá, simbolizando um abraço a todos os rios da Amazônia', explica Mota.
Protestos- O Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo anunciou também a participação da Coluna Xingu Vivo na Jornada Nacional de Lutas, que começou na última quarta-feira (17), e que será marcada por uma série de atos de protestos contra o governo brasileiro.
Várias ações mobilizadoras para a semana que antecedeu ao ato foram preparadas. Para isso, estão sendo usadas as rede sociais na internet, colagem de cartazes e panfletagens em praças, locais de trabalho e de estudos. Segundo seus organizadores, o ato é também um repúdio contra a decisão do governo federal em construir a usina sem considerar os apelos da comunidade científica e das populações locais. Sobretudo, será um grito mundial em defesa dos povos, da floresta e dos rios da Amazônia, afirmam.
O projeto de Belo Monte é parte da construção de um complexo de 17 usinas hidrelétricas espalhadas pelos rios Tapajós, Araguaia, Tocantins e Madeira, que terá consequências negativas e desastrosas ainda maiores para a Amazônia. Estas obras serão realizadas por grandes empreiteiras instaladas no país, que inclusive foram as principais finan-confirciadoras da campanha eleitoral da atual presidente Dilma Roussef, segundo integrantes do Movimento Xingu Vivo.
Em Altamira e região, vão acontecer manifestações com a participação de indígenas, ribeirinhos e pescadores. E Santarém também está engajada com um ato público organizado pela União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) e pela Frente em Defesa da Amazônia (FDA).
Redação Portal ORM/ O Liberal
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