sábado, 20 de agosto de 2011

Ato contra Belo Monte reúne centenas em Belém

Pelo menos duzentas pessoas se concentram em frente ao Theatro da Paz, desde as primeiras horas da manhã deste sábado (20), para participar de um ato em repúdio à construção da Usina de Belo Monte. O protesto acontece em todo País e, no Pará é coordenado pelo Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo. Segundo a coordenação do ato, é uma manifestação pacífica e cultural.

Os manifestantes devem caminhar pela Avenida Presidente Vargas, até a Castilhos França, encerrando no Ver-o-peso. Durante o percurso, há paradas para apresentações teatrais alusivas ao tema. 'Toda nossa programação é pacífica. É uma programação bastante cultural para mostrar para a população os prejuízos da construção da usina', comenta um dos coordenadores do Movimento, Marquinho Mota.

Vários ônibus vindos de municípios da região metropolitana de Belém trouxeram participantes para a caminhada. Também é esperada a presença de lideranças indígenas da região da construção da usina, para acompanhar o evento. No Ver-o-peso, haverá um ato especial. 'Vamos 'abraçar' o rio Guamá, simbolizando um abraço a todos os rios da Amazônia', explica Mota.

Protestos- O Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo anunciou também a participação da Coluna Xingu Vivo na Jornada Nacional de Lutas, que começou na última quarta-feira (17), e que será marcada por uma série de atos de protestos contra o governo brasileiro.

Várias ações mobilizadoras para a semana que antecedeu ao ato foram preparadas. Para isso, estão sendo usadas as rede sociais na internet, colagem de cartazes e panfletagens em praças, locais de trabalho e de estudos. Segundo seus organizadores, o ato é também um repúdio contra a decisão do governo federal em construir a usina sem considerar os apelos da comunidade científica e das populações locais. Sobretudo, será um grito mundial em defesa dos povos, da floresta e dos rios da Amazônia, afirmam.

O projeto de Belo Monte é parte da construção de um complexo de 17 usinas hidrelétricas espalhadas pelos rios Tapajós, Araguaia, Tocantins e Madeira, que terá consequências negativas e desastrosas ainda maiores para a Amazônia. Estas obras serão realizadas por grandes empreiteiras instaladas no país, que inclusive foram as principais finan-confirciadoras da campanha eleitoral da atual presidente Dilma Roussef, segundo integrantes do Movimento Xingu Vivo.

Em Altamira e região, vão acontecer manifestações com a participação de indígenas, ribeirinhos e pescadores. E Santarém também está engajada com um ato público organizado pela União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) e pela Frente em Defesa da Amazônia (FDA).
 Redação Portal ORM/ O Liberal

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