Todos os partidos, quando apoiam o governo, se engalfinham por cargos. Há até alguns que, mesmo sem apoiar, querem cargos também.
Mas, por ser o maior e, por conseguinte, o que tem o maior apetite, o PMDB é o qual se visa para demonstrar a saga do tal presidencialismo de coalizão.
Grande parte deste assédio se dá em virtude da gula do presidente do Senado, e ex-presidente do Brasil, José Sarney, que, em nome do PMDB, e na esteira do cargo que ocupa na República, lança mão, pessoalmente, como se do partido fora, de importantes cargos, como abaixo se lê:
O alcance pessoal do presidente do Congresso nestes cargos, e em todos os demais que seus indicados verticalizam para baixo, é causa de transtorno na relação do PMDB com o Planalto: os deputados federais, principalmente, reclamam que o partido não é contemplado, dando-se preferência a José Sarney em detrimento da sigla.
O Planalto, por sua vez, alega, não sem razão, que o PMDB está contemplado, e saca a lista para rezar a ladainha.
Como dizia o professor Diógenes, com quem eu aprendi resistência de materiais, quando se via com um problema de complicada solução: “isto é uma equação diofantina, meu filho!”.
Charge: “O Estado de S. Paulo”
Infográfico: elaborado a partir de similar publicado em “O Estado de S. Paulo”
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