A resolução apresentada pela França, Reino Unido, EUA e Líbano defendendo a implementação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia foi aprovada hoje no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Também foram aprovadas "todas as medidas necessárias para defender os civis" no país, exceto uma invasão por terra.
A criação dessa zona autoriza o abate de aviões do ditador líbio, Muammar Gaddafi, que decolem para atacar tropas opositoras. Em outras palavras, a ONU liberou o uso da força militar para que a resolução seja respeitada.
A medida endurece ainda o embargo e as sanções contra Gaddafi, seus familiares e círculo mais próximo de colaboradores implementadas no mês passado. Bens e fundos de investimento do ditador e sua família na Suíça e na União Europeia há haviam sido congelados semanas atrás.
A resolução foi aprovada por dez votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções, entre elas a Rússia e a China, que detêm poder de veto. Surpreendemente, o Brasil se absteve da votação.
FORÇAS ESTRANGEIRAS PREPARAM OPERAÇÃO
Horas antes da votação, o primeiro-ministro francês, François Fillon, adiantou que em caso de aprovação da medida na ONU, Paris estaria disposta a dar início às operações dentro de apenas algumas horas.
Os EUA disseram que já preparavam seus operativos e entre os países árabes, Qatar e Emirados Árabes Unidos podem participar, disse mais cedo o representante da Liga Árabe na ONU, Yahya Mahmassani.
A Itália, país cuja posição estratégica no Mediterrâneo é crucial para o sucesso de qualquer operação contra a Líbia, também dissera que participaria das ações.
"Nós não nos esquivaríamos de nossas obrigações, embora nossa posição tenha sempre sido de moderação e equilíbrio", disse o ministro da Defesa italiano Ignazio La Russa, em Roma.
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