A Casa Branca discute com autoridades egípcias diferentes propostas para uma transição de poder, incluindo uma em que o ditador Hosni Mubarak, no poder há 30 anos, renuncie imediatamente e entregue o poder a um governo de transição liderado pelo vice-presidente Omar Suleiman.
As negociações ocorrem em meio à Marcha da Partida, em que milhares de egípcios devem ir às ruas nesta sexta-feira em esforço final para derrubar o regime.
Segundo reportagem do jornal "The New York Times", que cita fontes do governo americano e fontes diplomáticas árabes, o governo de transição contaria com o respaldo do Exército egípcio.
A principal proposta inclui um governo liderado pelo vice-presidente, que contaria com o respaldo do chefe das Forças Armadas, Sami Enan, e do ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, e iniciaria imediatamente um processo de reforma constitucional.
Pela proposta, o governo de transição convidaria membros de uma ampla gama de grupos de oposição, incluindo a Irmandade Muçulmana, a principal força opositora no Egito, para convocar eleições livres e justas em setembro.
As autoridades advertiram que o resultado do diálogo depende de vários fatores, entre eles a evolução das manifestações nas ruas do Cairo e de outras cidades egípcias e as dinâmicas de poder dentro do governo.
O jornal afirma, contudo, que não existem provas de que Suleiman e as Forças Armadas estejam dispostos a abandonar Mubarak.
O ditador ofereceu permanecer no poder até as eleições de setembro, para as quais não se candidataria. Mesmo diante da continuidade dos protestos, que exigem sua saída imediata, Mubarak afirmou nesta quinta-feira que não deve renunciar pois considera que sua saída imediata traria o "caos".
Em entrevista de cerca de 20 minutos à repórter da ABC Christiane Amanpour, ele afirmou que "está cansado de ser dirigente" e gostaria de deixar o poder mas não pode, "por temer que o país afunde no caos".
A Casa Branca não confirma a reportagem do "NYT", mas diz que discute com o Egito uma solução para resolver a crise no Egito.
Tommy Vietor, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que o presidente Barack Obama acredita que agora é a hora de começar "uma transição pacífica, ordenada e significativa, com a credibilidade das negociações".
"Temos discutido com os egípcios uma variedade de maneiras diferentes para mover esse processo, mas todas essas decisões devem ser tomadas pelo povo egípcio", disse Vietor.
Obama e seus principais assessores evitaram pedir diretamente a renúncia de Mubarak, insistindo apenas que uma transição ordenada "deve começar agora" e levantando dúvidas sobre os planos de Mubarak para permanecer no poder até setembro.
Na noite desta quinta-feira, o Senado americano aprovou por unanimidade uma resolução que pede a Mubarak a formação de um governo interino no Egito, mas sem pedir sua renúncia.
No texto, os senadores americanos pedem ao ditador o início imediato de uma "transição ordenada e pacífica para um sistema político democrático" por meio da transferência de poderes a um governo interino "em consulta com os líderes da oposição, da sociedade civil e do Exército egípcio".
Este governo, segundo a resolução, ficaria responsável por "fazer as reformas necessárias para celebrar este ano eleições livres, justas e confiáveis aos olhos do mundo".
Um dos autores do texto, o senador democrata John Kerry, declarou antes da votação que a resolução não vinculante era deliberadamente vaga sobre o papel de Mubarak no futuro gabinete. "Ele poderia ser parte ou não. Tudo depende do que os egípcios desejarem", disse Kerry.
Analisei em todos os ângulos o seu ponto de vista, concordo plenamente que esses ladrões dos cofres público aqui de São Miguel do Guamá é quem deveriam estarem sofrendo esta humilhação social que este jovem foi submetido lá em Paragominas, sinto muito pois conheço bem a família dele e sei que o que estão passando.
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