Paris Hilton

O mundo da socialite Paris Hilton, além de ser cor de rosa, é wi-fi. A única exigência da moça em seu camarim do São Paulo Fashion Week é que a rede funcione bem. O mesmo vale para qualquer lugar onde ela vá.

Na hora de fotografar para a grife Triton (ela é garota propaganda da marca), seu empresário pergunta se a internet vai funcionar. "E se a locação for externa?" "A gente dá um jeito", conta Dian Dalfonte, produtor executivo da marca.

Paris está no Brasil para desfilar para a grife, tirar fotos e participar de uma festa, que aconteceria na noite de ontem. Essa é a segunda vez que a "patricinha" vem ao evento. "O que me chamou atenção é que ela anda com um cobertorzinho rosa, daqueles de bebê", conta o stylist Daniel Ueda, que veste a moça para os desfiles e campanhas da marca.

Mas a influência de Paris no mundo da moda brasileiro não está exatamente no estilo. Mas em uma sigla: BFF, lançada em seu programa "Paris Hilton BFF". A expressão, sigla para "best friend forever" (melhor amiga para sempre) foi adotada (com certo fervor) pelo mundo da moda brasileiro.

"Eu não quero ser BFF da Paris, eu já sou BFF dele", diz a modelo Isabeli Fontana, apontando para o stylist Matheus Massafera. A gíria teen é usada pelos dois sem economias. "A Isabeli é a BFF perfeita", diz Mateus, que em seu Twitter chama as modelos mais famosas do Brasil de BFF. "Eu sou do tipo de BFF que dá bronca", responde Isabeli.

A mesma gíria é usada por adolescentes fãs de Paris, como Sofia Oliveira, 17, e Bebel Cardoso, 18. As duas pareciam dois clones do ídolo nos corredores da SPFW.

"A gente é BFF porque tem os mesmos interesses", explicava Bebel. Por mesmos interesses entenda-se gostar de moda e "não ir nem na padaria sem rímel".

Sofia ostentava uma bolsa Balenciaga, que custa milhares de dólares. Sonho das duas: participar do reality onde pessoas se humilham para conseguir a amizade de Paris.

"O que vocês iam ganhar com isso?" "Íamos ficar famosas e ser BFF dela", contam as garotas. E depois posam levantando os pezinhos. Como se o mundo fosse tão cor de rosa quanto o cobertozinho de Paris.